sábado, 15 de junho de 2013

Delegado cearense relata investigações do sequestro de Fabinho Porcino





 O delegado de Polícia Civil do Ceará, Antônio Pastor, concedeu entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE na manhã deste sábado (15). O delegado atua na Controladoria de Inteligência da Polícia Civil cearense e ao longo desta semana, investigou o sequestro do empresário mossoroense Fábio Porcino. O delegado relatou que a libertação de Fabinho, como é conhecido, se deu a partir de uma ação integrada entre as Polícias Federal e as Civis do Ceará e a do Rio Grande do Norte.

Antônio Pastor descreveu que o local no qual Fábio Porcino permaneceu enclausurado era de difícil acesso e os policiais passaram quatro horas caminhando na mata fechada para chegar à cabana montada pelos sequestradores. “Segundo relatos de um dos presos, que foi levado para fazer a função do vigia de cativeiro, os próprios sequestradores se perderam três ou quatro vezes para achar o cativeiro”, disse o delegado. Fábio Porcino foi encontrado acorrentado e vigiado por dois homens armados.

Apesar de portarem pistolas e um revólver, os membros da quadrilha de sequestradores não esboçaram reação. As Polícias Federal e Civil do Ceará ainda trabalham na tentativa de prender os chefes do bando, cujos nomes não foram revelados. Confira a entrevista do delegado Antônio Pastor na íntegra na edição da TRIBUNA DO NORTE deste domingo (16) ou no nosso portal.

Relembre o caso

O empresário Fabinho Porcino Rosado Chaves foi a vítima do sequestro ocorrido na tarde da segunda-feira passada. O filho do também empresário mossoroense Fábio Porcino foi raptado por um grupo armado. Segundo informações colhidas no local onde aconteceu o sequestro, o fato se deu entre às 14h e 15h, quando o empresário foi levado de dentro da Loja Mitsubishi, localizada na Avenida Lauro Monte, no bairro Abolição I. Fabinho Porcino estava no interior do escritório da concessionária de carros administrada pela família dele e foi surpreendido com a chegada de cerca de oito homens portando armas de grosso calibre e se passando por agentes da Polícia Federal, que estariam ali para cumprir um mandado.

De acordo com testemunhas, que preferiram não se identificar, os supostos policiais entraram no escritório e levaram Fabinho Porcino à força. O empresário teria relutado em ir com os homens, tendo teria sido espancado para que os acompanhasse. Paralelo ao ato, outros dois suspeitos ficaram em um Crossfox preto e em um Fox branco, estacionados do lado de fora da concessionária, dando apoio ao grupo. Em seguida, todos eles entraram nos veículos junto com Fabinho Porcino e fugiram com destino desconhecido. Depois disso, houve uma grande movimentação de policiais na frente da concessionária. Várias viaturas da Polícia Militar e também policiais civis foram mobilizados para o local. Diante da tensão, uma ambulância do Samu também foi acionada para proceder com a prestação de socorro médico para familiares de Fabinho.

Logo após o anúncio do rapto, a Delegacia-Geral de Polícia Civil designou a delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor), para averiguar o caso em caráter especial. Freitas também foi responsável pela apuração do sequestro de Popó Porcino, primo de Fábio, em junho do ano passado. Popó passou 37 dias no cativeiro, no sequestro que durou mais tempo na história do Rio Grande do Norte.

Primo sequestrado

Cerca de 40 homens participaram da operação de resgate do estudante Porcino Fernandes da Costa Segundo, Popó Porcino, primo de Fábio Porcino. Ele foi sequestrado em junho de 2012, na saída de uma vaquejada no interior do Rio Grande do Norte. Popó passou 37 dias sob a tutela de sequestradores, que o mantiveram em um cativeiro na praia de Pitangui, no litoral Norte. No confronto com a polícia, um dos suspeitos foi morto, outro ferido e três, entre eles uma mulher, foram presos. As investigações prosseguiram depois do fim do sequestro. Ao todo, nove pessoas foram indicadas pelo crime. O Ministério Público ofereceu denúncia contra oito, excluindo Francisco Genério da Silva, morto na ação policial. Foram denunciados Paulo Vitor Lopes Monteiro, Bruna de Pinho Landim, Orlandina Torres Carneiro, José Orlando Evangelista Silva, Anderson de Souza Nascimento, Antonia Berenice Damasceno Lima, Luiz Eduardo Lima Magalhães Filho e Francisco Wancimberg dos Santos Guimarães.

Ficha técnica:
Distância de Fortaleza: 120,2 km
Distância de Mossoró: 290 km
Tempo estimado de viagem: 1 h 49 min
Vias de acesso: BR-020
Municípios limítrofes: Aratuba, Caridade, Choro, General Sampaio, Irauçuba, Itapiúna, Itatira, Madalena, Mulungu, Paramoti, Santa Quitéria, Sobral e Tejuçuoca
Área: 3.218,42 km²
População/2010: 74.473
Fonte: IBGE
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 O delegado de Polícia Civil do Ceará, Antônio Pastor, concedeu entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE na manhã deste sábado (15). O delegado atua na Controladoria de Inteligência da Polícia Civil cearense e ao longo desta semana, investigou o sequestro do empresário mossoroense Fábio Porcino. O delegado relatou que a libertação de Fabinho, como é conhecido, se deu a partir de uma ação integrada entre as Polícias Federal e as Civis do Ceará e a do Rio Grande do Norte.

Antônio Pastor descreveu que o local no qual Fábio Porcino permaneceu enclausurado era de difícil acesso e os policiais passaram quatro horas caminhando na mata fechada para chegar à cabana montada pelos sequestradores. “Segundo relatos de um dos presos, que foi levado para fazer a função do vigia de cativeiro, os próprios sequestradores se perderam três ou quatro vezes para achar o cativeiro”, disse o delegado. Fábio Porcino foi encontrado acorrentado e vigiado por dois homens armados.

Apesar de portarem pistolas e um revólver, os membros da quadrilha de sequestradores não esboçaram reação. As Polícias Federal e Civil do Ceará ainda trabalham na tentativa de prender os chefes do bando, cujos nomes não foram revelados. Confira a entrevista do delegado Antônio Pastor na íntegra na edição da TRIBUNA DO NORTE deste domingo (16) ou no nosso portal.

Relembre o caso

O empresário Fabinho Porcino Rosado Chaves foi a vítima do sequestro ocorrido na tarde da segunda-feira passada. O filho do também empresário mossoroense Fábio Porcino foi raptado por um grupo armado. Segundo informações colhidas no local onde aconteceu o sequestro, o fato se deu entre às 14h e 15h, quando o empresário foi levado de dentro da Loja Mitsubishi, localizada na Avenida Lauro Monte, no bairro Abolição I. Fabinho Porcino estava no interior do escritório da concessionária de carros administrada pela família dele e foi surpreendido com a chegada de cerca de oito homens portando armas de grosso calibre e se passando por agentes da Polícia Federal, que estariam ali para cumprir um mandado.

De acordo com testemunhas, que preferiram não se identificar, os supostos policiais entraram no escritório e levaram Fabinho Porcino à força. O empresário teria relutado em ir com os homens, tendo teria sido espancado para que os acompanhasse. Paralelo ao ato, outros dois suspeitos ficaram em um Crossfox preto e em um Fox branco, estacionados do lado de fora da concessionária, dando apoio ao grupo. Em seguida, todos eles entraram nos veículos junto com Fabinho Porcino e fugiram com destino desconhecido. Depois disso, houve uma grande movimentação de policiais na frente da concessionária. Várias viaturas da Polícia Militar e também policiais civis foram mobilizados para o local. Diante da tensão, uma ambulância do Samu também foi acionada para proceder com a prestação de socorro médico para familiares de Fabinho.

Logo após o anúncio do rapto, a Delegacia-Geral de Polícia Civil designou a delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor), para averiguar o caso em caráter especial. Freitas também foi responsável pela apuração do sequestro de Popó Porcino, primo de Fábio, em junho do ano passado. Popó passou 37 dias no cativeiro, no sequestro que durou mais tempo na história do Rio Grande do Norte.

Primo sequestrado

Cerca de 40 homens participaram da operação de resgate do estudante Porcino Fernandes da Costa Segundo, Popó Porcino, primo de Fábio Porcino. Ele foi sequestrado em junho de 2012, na saída de uma vaquejada no interior do Rio Grande do Norte. Popó passou 37 dias sob a tutela de sequestradores, que o mantiveram em um cativeiro na praia de Pitangui, no litoral Norte. No confronto com a polícia, um dos suspeitos foi morto, outro ferido e três, entre eles uma mulher, foram presos. As investigações prosseguiram depois do fim do sequestro. Ao todo, nove pessoas foram indicadas pelo crime. O Ministério Público ofereceu denúncia contra oito, excluindo Francisco Genério da Silva, morto na ação policial. Foram denunciados Paulo Vitor Lopes Monteiro, Bruna de Pinho Landim, Orlandina Torres Carneiro, José Orlando Evangelista Silva, Anderson de Souza Nascimento, Antonia Berenice Damasceno Lima, Luiz Eduardo Lima Magalhães Filho e Francisco Wancimberg dos Santos Guimarães.

Ficha técnica:
Distância de Fortaleza: 120,2 km
Distância de Mossoró: 290 km
Tempo estimado de viagem: 1 h 49 min
Vias de acesso: BR-020
Municípios limítrofes: Aratuba, Caridade, Choro, General Sampaio, Irauçuba, Itapiúna, Itatira, Madalena, Mulungu, Paramoti, Santa Quitéria, Sobral e Tejuçuoca
Área: 3.218,42 km²
População/2010: 74.473
Fonte: IBGE

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