sábado, 14 de julho de 2012

Enxurrada desfigura bairros da cidade




Os moradores da rua Oceano Pacífico, localizada no conjunto Algimar, Pajuçara, zona Norte de Natal, sofrem com a erosão provocada pelas chuvas. As águas escorrem das vias adjacentes e seguem por ela até a avenida João Medeiros Filho. O período de inverno traz transtornos à população que reside ou precisa passar pelo local, pois a rua é de barro e um enorme buraco se formou depois das recentes chuvas que caíram na capital.
A rua Oceano Pacífico, em Pajuçara, zona Norte, transformou-se em uma enorme cratera e muros de residências podem desabarA rua Oceano Pacífico, em Pajuçara, zona Norte, transformou-se em uma enorme cratera e muros de residências podem desabar

Semana passada, parte do muro lateral de um terreno onde será construído um condomínio desabou. O marceneiro José Antônio Moises de Oliveira, 41, mora na casa de número 2010 da rua há dez anos, e conta que o problema é recorrente. "Sempre sofremos com isso aqui, mas este ano está pior". José Antônio afirma que em 2012 os danos provocados pelas chuvas se agravaram. É impossível transitar no local em qualquer tipo de veículo, inclusive motocicletas. Na frente da residência do marceneiro, um buraco que se estende de um lado a outro da via ameaça o muro. A cratera está a cerca de um metro do imóvel.

Um dos postes da rua Oceano Pacífico foi desligado, devido o risco de tombamento, e parte da via fica escura durante a noite, expondo os moradores à insegurança. No local também fica acumulado lixo, porque os despejos nas frentes das residências não são coletados pela Urbana, dada a impossibilidade do caminhão coletor passar no lugar. O marceneiro ainda informou que "algumas vezes" a Prefeitura manda equipes até a rua para realizar terraplanagens e apaziguar o problema, mas ele sempre volta. "E faz tempo que não vem ninguém aqui ajeitar nada", reclamou.

  Os moradores tomaram a iniciativa de colocar metralha nos pontos mais críticos da rua para tentar evitar que a areia escorra e piore ainda mais a situação. O acúmulo de areia na avenida João Medeiros Filho, estrada da Redinha, uma das principais vias da zona Norte, também é outro transtorno provocado pela erosão na Oceano Pacífico. Houve, inclusive, um acidente no local que vitimou um motociclista no último dia 30 de junho. Estanislau Bittencout da Silva, de 32 anos, pilotava uma moto modelo Suzuki 650, de placas MMQ-0460 e, ao desviar do buraco encoberto pela areia, perdeu o controle e colidiu com um poste. 

A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) informou, através da assessoria de imprensa, que levará o caso da rua Oceano Pacífico ao conhecimento dos técnicos da pasta, para que possam realizar melhorias no local. Segundo a assessoria da Semopi, está sendo aguardado um repasse de verba do Ministério das Cidades para realizar obras de tapa-buraco e recapeamento asfáltico.

Drenagem não deu conta das chuvas

  Depois dos 92,7 milímetros de chuva que caíram sobre a capital potiguar do fim da tarde de quinta-feira (12) até as 11h de ontem, a previsão é de pouca incidência de precipitações durante o fim de semana, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). O meteorologista Alexandre Santos disse que a previsão é de chuvas menos intensas no litoral e no Agreste potiguar. Nas demais regiões do Estado o céu estará parcialmente nublado, mas sem previsão de chuva.

  Durante a manhã de ontem, vários pontos da cidade ficaram alagados devido às precipitações. A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE percorreu vários bairros da cidade, e constatou problemas em diversos pontos. Na avenida Governador Juvenal Lamartine, conhecida por avenida do Contorno, na Ribeira, uma lagoa se formou nas proximidades do prédio da Caixa Econômica Federal. A poça dificultou o tráfego e ainda danificou o motor de um veículo que passava pelo local. Seguindo até a Prudente de Morais, o trânsito se intensificava no trecho próximo à descida do Baldo, devido a um cavalete da Caern que informava sobre um buraco na pista. Os carros ficaram aglomerados no início da manhã no semáforo localizado antes da depressão.

  No quilômetro 7 da Via Costeira, sentido Centro-zona Sul, também houve ponto de alagamento. No mesmo trecho, uma equipe da Cosern consertava um poste atingido por um automóvel na madrugada. Do outro lado da cidade, na zona Norte, em Pajuçara, a avenida Moema Tinoco, próximo ao cemitério do bairro, também apresentava alagamento e trânsito lento. A via corta vários conjuntos e é bastante movimentada. Por ela passam comumente ônibus e outros veículos pesados. Um motociclista que passou na lagoa formada pelas águas da chuva, enquanto a reportagem permaneceu no local, quase sofreu um acidente causado por um buraco encoberto. Apesar dos transtornos, o diretor da Defesa Civil em Natal, Irimar Matos do Nascimento, confirmou que não houve nenhum chamado para o atendimento de ocorrências mais graves, como desabamentos.

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Os moradores da rua Oceano Pacífico, localizada no conjunto Algimar, Pajuçara, zona Norte de Natal, sofrem com a erosão provocada pelas chuvas. As águas escorrem das vias adjacentes e seguem por ela até a avenida João Medeiros Filho. O período de inverno traz transtornos à população que reside ou precisa passar pelo local, pois a rua é de barro e um enorme buraco se formou depois das recentes chuvas que caíram na capital.
A rua Oceano Pacífico, em Pajuçara, zona Norte, transformou-se em uma enorme cratera e muros de residências podem desabarA rua Oceano Pacífico, em Pajuçara, zona Norte, transformou-se em uma enorme cratera e muros de residências podem desabar

Semana passada, parte do muro lateral de um terreno onde será construído um condomínio desabou. O marceneiro José Antônio Moises de Oliveira, 41, mora na casa de número 2010 da rua há dez anos, e conta que o problema é recorrente. "Sempre sofremos com isso aqui, mas este ano está pior". José Antônio afirma que em 2012 os danos provocados pelas chuvas se agravaram. É impossível transitar no local em qualquer tipo de veículo, inclusive motocicletas. Na frente da residência do marceneiro, um buraco que se estende de um lado a outro da via ameaça o muro. A cratera está a cerca de um metro do imóvel.

Um dos postes da rua Oceano Pacífico foi desligado, devido o risco de tombamento, e parte da via fica escura durante a noite, expondo os moradores à insegurança. No local também fica acumulado lixo, porque os despejos nas frentes das residências não são coletados pela Urbana, dada a impossibilidade do caminhão coletor passar no lugar. O marceneiro ainda informou que "algumas vezes" a Prefeitura manda equipes até a rua para realizar terraplanagens e apaziguar o problema, mas ele sempre volta. "E faz tempo que não vem ninguém aqui ajeitar nada", reclamou.

  Os moradores tomaram a iniciativa de colocar metralha nos pontos mais críticos da rua para tentar evitar que a areia escorra e piore ainda mais a situação. O acúmulo de areia na avenida João Medeiros Filho, estrada da Redinha, uma das principais vias da zona Norte, também é outro transtorno provocado pela erosão na Oceano Pacífico. Houve, inclusive, um acidente no local que vitimou um motociclista no último dia 30 de junho. Estanislau Bittencout da Silva, de 32 anos, pilotava uma moto modelo Suzuki 650, de placas MMQ-0460 e, ao desviar do buraco encoberto pela areia, perdeu o controle e colidiu com um poste. 

A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) informou, através da assessoria de imprensa, que levará o caso da rua Oceano Pacífico ao conhecimento dos técnicos da pasta, para que possam realizar melhorias no local. Segundo a assessoria da Semopi, está sendo aguardado um repasse de verba do Ministério das Cidades para realizar obras de tapa-buraco e recapeamento asfáltico.

Drenagem não deu conta das chuvas

  Depois dos 92,7 milímetros de chuva que caíram sobre a capital potiguar do fim da tarde de quinta-feira (12) até as 11h de ontem, a previsão é de pouca incidência de precipitações durante o fim de semana, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). O meteorologista Alexandre Santos disse que a previsão é de chuvas menos intensas no litoral e no Agreste potiguar. Nas demais regiões do Estado o céu estará parcialmente nublado, mas sem previsão de chuva.

  Durante a manhã de ontem, vários pontos da cidade ficaram alagados devido às precipitações. A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE percorreu vários bairros da cidade, e constatou problemas em diversos pontos. Na avenida Governador Juvenal Lamartine, conhecida por avenida do Contorno, na Ribeira, uma lagoa se formou nas proximidades do prédio da Caixa Econômica Federal. A poça dificultou o tráfego e ainda danificou o motor de um veículo que passava pelo local. Seguindo até a Prudente de Morais, o trânsito se intensificava no trecho próximo à descida do Baldo, devido a um cavalete da Caern que informava sobre um buraco na pista. Os carros ficaram aglomerados no início da manhã no semáforo localizado antes da depressão.

  No quilômetro 7 da Via Costeira, sentido Centro-zona Sul, também houve ponto de alagamento. No mesmo trecho, uma equipe da Cosern consertava um poste atingido por um automóvel na madrugada. Do outro lado da cidade, na zona Norte, em Pajuçara, a avenida Moema Tinoco, próximo ao cemitério do bairro, também apresentava alagamento e trânsito lento. A via corta vários conjuntos e é bastante movimentada. Por ela passam comumente ônibus e outros veículos pesados. Um motociclista que passou na lagoa formada pelas águas da chuva, enquanto a reportagem permaneceu no local, quase sofreu um acidente causado por um buraco encoberto. Apesar dos transtornos, o diretor da Defesa Civil em Natal, Irimar Matos do Nascimento, confirmou que não houve nenhum chamado para o atendimento de ocorrências mais graves, como desabamentos.

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