sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Santa Catarina encerra pediatria hoje - (RN)




  O fechamento do atendimento aberto pediátrico nos hospitais estaduais é uma das reclamações que geraram a greve dos servidores da saúde estadual. Desde o início de dezembro, o Hospital Deoclécio Marques não realiza o pronto-atendimento infantil, e no Hospital Santa Catarina esta é a última semana que o serviço funciona. A média de atendimento pediátrico nessa unidade é de 600 por mês. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) explicou que a mudança é necessária para a regularização hierárquica da rede, com o serviço básico sendo realizado pela rede municipal e o de alta complexidade, pelo Estado.
 Júnior SantosParalisação dos servidores estaduais interrompe 23 cirurgias no Hospital Maria Alice, na zona NorteParalisação dos servidores estaduais interrompe 23 cirurgias no Hospital Maria Alice, na zona Norte

Durante todo o ano, o setor vem com dificuldade do fechamento da escala e, por isso, só realiza atendimento até a metade do mês. A escala de dezembro vai até hoje, às 16h, quando encerra o serviço. Oficialmente o pronto-atendimento será desativado em janeiro. Com os mesmos problemas, o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, desativou o atendimento de pronto-socorro infantil ao início deste mês. O Hospital Maria Alice, em Natal, já funciona em regime de porta regulada, desde 2010, atendendo apenas casos de urgência encaminhados.

Renata Silva, subcoordenadora da Coordenadoria de Operacionalização de Hospitais e Unidades de Referência-Cohur, explicou que existe um processo de reorganização da rede de saúde. Hoje, segundo ela, com “um problema cultural”, os hospitais estaduais atendem a demanda de baixa complexidade que deveriam ser da competência da rede municipal. “Temos de otimizar para garantir a eficiência naquilo que somos responsáveis”, declara.

Dessa maneira, o Hospital Santa Catarina será específico para o atendimento Materno-Infantil de Alta Complexidade, abrangendo o setor de obstetrícia e neonatal. Os sete pediatras que realizavam o atendimento serão remanejados dentro do próprio hospital, principalmente para o complemento da escala da UTI neonatal.

Ivoneide Maria, dona de casa, não sabe para onde levará seu filho após o fechamento do Santa Catarina. Ela mora no bairro Parque das Dunas e desde o início da manhã de ontem procurava atendimento o filho Charles Júnior, de nove anos. “Não tem para onde ir. Na UPA de Pajuçara nunca tem médico, o Sandra Celeste fica do outro lado da cidade”, reclama. A orientação para a população é de procurar as

UPAs ou o Sandra Celeste.

QUEM
Renata Silva, subcoordenadora do Cohur

O QUE
Explicou que existe um processo de reorganização da rede de saúde, para que o serviço básico seja feito pelo município, e o de alta complexidade, pelo Estado
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  O fechamento do atendimento aberto pediátrico nos hospitais estaduais é uma das reclamações que geraram a greve dos servidores da saúde estadual. Desde o início de dezembro, o Hospital Deoclécio Marques não realiza o pronto-atendimento infantil, e no Hospital Santa Catarina esta é a última semana que o serviço funciona. A média de atendimento pediátrico nessa unidade é de 600 por mês. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) explicou que a mudança é necessária para a regularização hierárquica da rede, com o serviço básico sendo realizado pela rede municipal e o de alta complexidade, pelo Estado.
 Júnior SantosParalisação dos servidores estaduais interrompe 23 cirurgias no Hospital Maria Alice, na zona NorteParalisação dos servidores estaduais interrompe 23 cirurgias no Hospital Maria Alice, na zona Norte

Durante todo o ano, o setor vem com dificuldade do fechamento da escala e, por isso, só realiza atendimento até a metade do mês. A escala de dezembro vai até hoje, às 16h, quando encerra o serviço. Oficialmente o pronto-atendimento será desativado em janeiro. Com os mesmos problemas, o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, desativou o atendimento de pronto-socorro infantil ao início deste mês. O Hospital Maria Alice, em Natal, já funciona em regime de porta regulada, desde 2010, atendendo apenas casos de urgência encaminhados.

Renata Silva, subcoordenadora da Coordenadoria de Operacionalização de Hospitais e Unidades de Referência-Cohur, explicou que existe um processo de reorganização da rede de saúde. Hoje, segundo ela, com “um problema cultural”, os hospitais estaduais atendem a demanda de baixa complexidade que deveriam ser da competência da rede municipal. “Temos de otimizar para garantir a eficiência naquilo que somos responsáveis”, declara.

Dessa maneira, o Hospital Santa Catarina será específico para o atendimento Materno-Infantil de Alta Complexidade, abrangendo o setor de obstetrícia e neonatal. Os sete pediatras que realizavam o atendimento serão remanejados dentro do próprio hospital, principalmente para o complemento da escala da UTI neonatal.

Ivoneide Maria, dona de casa, não sabe para onde levará seu filho após o fechamento do Santa Catarina. Ela mora no bairro Parque das Dunas e desde o início da manhã de ontem procurava atendimento o filho Charles Júnior, de nove anos. “Não tem para onde ir. Na UPA de Pajuçara nunca tem médico, o Sandra Celeste fica do outro lado da cidade”, reclama. A orientação para a população é de procurar as

UPAs ou o Sandra Celeste.

QUEM
Renata Silva, subcoordenadora do Cohur

O QUE
Explicou que existe um processo de reorganização da rede de saúde, para que o serviço básico seja feito pelo município, e o de alta complexidade, pelo Estado

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