Uma proposta de nova malha ferroviária a ser implantada em Natal e na Região Metropolitana foi apresentado nessa quinta-feira (19) pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos. Dentro do projeto, que será discutido com órgãos municipais, há proposta de integração das ferrovias, através dos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), ao sistema de transporte público da cidade, inclusive com linhas passando pela região central.
DivulgaçãoCusto estimado do projeto que prevê implantação de 12 VLTs é de R$ 6 milhões. Primeiros veículos leves começam a chegar em maio/2014.
A proposta é criar três novos ramais. Pelo projeto, o veículo de superfície terá uma das linhas fazendo o percurso Ribeira-Campus da UFRN via avenida Jaguarari. Além dessa, um anel viário também na área central vai interligar todas as sete linhas a para atender os passageiros da Grande Natal.
Conforme projeto apresentado ontem pela CBTU Natal, sete linhas estão contempladas nesse processo de modernização do sistema de trens urbanos, que implantará 12 VLTs e alcançará quatro novos municípios: Nísia Floresta, São José de Mipibu, Macaíba e São Gonçalo do Amarante, além dos já contemplados Natal, Ceará-Mirim, Extremoz e Parnamirim. Cada veículo terá três vagões com capacidade total para 600 passageiros. A estimativa é transportar 60 mil passageiros diariamente.
O custo estimado em R$ 6 milhões sofreu acréscimo de R$ 4 milhões após a inclusão de trecho 17 quilômetros que vai ligar Natal a Parnamirim. Apesar da ampliação das linhas conforme projeto apresentado, o superintendente da CBTU, João Maria Cavalcanti, lembra que o pré-projeto reaproveitaria as linhas já existentes, apenas reparando possíveis danos nos trilhos, bem como quatro estações atuais. “Serão trinta estações novas, sendo quatro reformadas e 26 construídas”, explica.
Para integrar trens e sistema de ônibus, o projeto prevê estações incorporadas ao mapa viário da cidade, unindo os transportes ferroviário e rodoviário. A técnica da CBTU Dulce Albuquerque lembra que esses veículos poderão circular livremente pelas ruas da cidade. “Os VLTs possuem um sistema de frenagem melhor até que o dos ônibus. São veículos leves e por isso conseguem frear e acelerar rapidamente, diferente dos trens tradicionais, que pesam toneladas. Carros e bicicletas, por exemplo, podem circular livremente junto aos VLTs”, explica Dulce.
A integração física entre trens e ônibus é considerada pelas autoridades, apesar de ainda não discutirem efetivamente uma bilhetagem única. “O que será feito é uma integração com o sistema de ônibus, de forma física. As estações serão próximas às paradas de ônibus, possivelmente até a mesma parada, facilitando o transporte e a mudança de veículos pela população”, disse Cavalcanti.
Já o secretário adjunto de Transportes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Clodoaldo Cabral, considera de forma mais imediata essa integração física e, futuramente, a possibilidade de um bilhete único, com tarifa diferenciada, para passageiros utilizarem trem e ônibus numa mesma viagem. “A estação do Soledade, onde há uma estação e uma parada de ônibus, já faz parte dessa integração física”, afirma Clodoaldo.
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