São Paulo (ABr e AE) – A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ontem que o valor do salário mínimo proposto para 2014 - no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que foi entregue ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - é de R$ 722,90.
Ministro do Trabalho, Manoel Dias: Reajuste não freia emprego
O reajuste, de 6,62%, seria o menor concedido em dez anos. Ainda terá, porém, de ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do ano. O reajuste que for aprovado passa a valer em 1º de janeiro de 2014. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 678.
O aumento segue uma fórmula definida em 2011 pelo governo e que está em vigor até 2015: para calcular a remuneração, os técnicos levam em conta o crescimento do ano passado e acrescentam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O menor crescimento do salário mínimo, portanto, está diretamente relacionado ao desempenho pífio da economia em 2011, quando o Produto Interno Bruto (PIB) se expandiu apenas 0,9%. Na ocasião, críticos batizaram o número de Pibinho.
De acordo com Miriam Belchior, o novo valor vai incorporar a regra de valorização do piso salarial nacional, “que é uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil e que tem nos levado a patamares de qualidade de vida muito superiores”. O novo valor apresentado pelo governo representa um aumento em relação ao que já tinha sido proposto, de R$ 719,48.
Impacto
O ministro do Trabalho, Manoel Dias disse que o aumento do mínimo ajuda a “irrigar” a economia, sem causar impactos negativos ao governo ou à economia. Segundo ele, a política de aumento do salário mínimo é a razão pela qual o Brasil não teria entrado na crise econômica global iniciada em 2008.
Indagado se esse aumento não poderia frear a geração de novos empregos, ele negou. “Não vai ter (redução na geração de empregos) porque os investimentos que o Brasil está recebendo são enormes”, disse.
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