O ator morreu em novembro de 2013 em um trágico acidente de carro na Califórnia. Apesar da dificuldade de perder um dos seus protagonistas, o diretor de Velozes e Furiosos 7 resolveu não abandonar as gravações e recorreu a muita tecnologia para “ressucitar” o personagem e finalizar o filme.
A tecnologia para recriar imagens por computação gráfica já é usada no cinema há mais de 20 anos. Em 1994, no filme “O Corvo”, foi possível devolver à vida o ator Brandob Lee, filho de Bruce Lee, que morreu em meio às filmagens. Em 2000, a mesma tragédia aconteceu com o ator Oliver Reed, em Gladiator. Inclusive novelas brasileiras já usaram a técnica para envelhecer um ator e transformar outro em um surfista profissional – mesmo sem ele ser muito bom em cima da prancha. A diferença é que a tecnologia da computação gráfica evoluiu bastante e hoje é praticamente impossível separar as cenas reais daquelas geradas pelo computador. O resultado consegue ser extremamente próximo da realidade…
Para cenas com enquadramentos mais abertos – quando não era possível identificar o rosto com detalhes, os produtores usaram dois irmãos do ator falecido como dublês. Cenas inéditas de filmes anteriores da franquia Velozes e Furiosos em que Paul Walker aparecia também foram usadas. Mas o maior desafio foram nas cenas mais próximas em que o personagem de Walker pode ser bem identificado.
Para as cenas que incluíam o rosto do ator em destaque, as mais modernas técnicas de animação reconstruíram as expressões de Paul Walker e fizeram os movimentos do rosto se encaixarem no rosto do dublê; tudo em mínimos detalhes…
O mais provável é que se tenha usado um modelo 3D do rosto do ator. Um scanner tridimensional ou um sistema de câmeras é capaz de criar com perfeição o modelo – isso é bastante comum em filmes de ação, nos quais é normal ter que substituir o rosto do dublê pelo de um ator em cenas mais arriscadas.
Além de ser extremamente trabalhoso – graças à riqueza de detalhes para chegar mais próximo do real – o uso da computação gráfica é bastante caro; isso graças ao tempo que é necessário para finalizar o trabalho. No final das contas, após a morte de Walker, o orçamento de Velozes e Furiosos 7 aumentou em 50 milhões de dólares (quase 160 milhões de reais)…
A tecnologia é responsável inclusive por reproduzir a voz do ator. Com técnicas de gravação e edição de áudio, o resultado também é muito próximo da realidade. Tão bom quanto às imagens criadas por computação gráfica; é possível praticamente imitar a voz idêntica à do personagem.
O resultado é mesmo surpreendente. E, deste marco adiante, não é difícil que, em breve, tenhamos nos cinema filmes inteiros e inéditos com atores já falecidos. Já pensou, trazer James Dean, Marlon Brando e Marylin Monroe de volta para as telas?! A tecnologia permite.
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