sábado, 8 de março de 2014

Morais Navarro perderá duas faixas - Natal




Uma semana após o ápice caótico na avenida Senador Salgado Filho, por ocasião da supressão de faixa na BR-101 no trecho sob o arco do  complexo viário Quarto Centenário, mais um afunilamento na área acontecerá nestes próximos dias. A rua Morais Navarro, que serve para desvio da demanda de trânsito da Av. Lima e Silva, terá duas das três faixas suprimidas, a partir da terça-feira, 11.
 
 Nos últimos meses, a avenida Morais Navarro tem sido a via de escape para quem precisa ter acesso à Prudente e RomualdoNos últimos meses, a avenida Morais Navarro tem sido a via de escape para quem precisa ter acesso à Prudente e Romualdo

Segundo Walter Pedro, secretário de trânsito Municipal de Mobilidade (Semob), o trecho com cerca de 200 metros será utilizado para construção de uma das passarelas que atenderão ao complexo de mobilidade urbana, obras de reestruturação que fazem parte do Complexo Viário de Natal. O equipamento fará ligação, para os pedestres, da Av. Lima e Silva à marginal da BR-101, em direção  ao estádio. O serviço será executado por 60 dias.

Será bloqueada as duas faixas na altura da Av. Lima e Silva até a rua Padre João Damasceno. A rua Morais Navarro, segundo estima o secretário, recebe cerca de 20 mil carros e 1000 viagens de ônibus, diariamente. Apesar da notória quantidade de caminhões percorrendo a via, não há contabilização do quantitativo.

O estreitamento na via, que deixará livre apenas uma faixa, demandou uma alternativa de desvio com mudanças drásticas. Será bloqueado o acesso à av. Lima e Silva no sentido do bairro de Nova Descoberta à Lagoa Nova.

A marginal que interligava a av. Salgado Filho à av. Lima e Silva terá o sentido invertido. O motorista vindo do viaduto poderá seguir em contra-fluxo na av. Salgado Filho, até a rua Padre João Damasceno onde retorna à Morais Navarro. A rua João Damasceno se encontra em calçamento e não há previsão de asfalto para ela.

A faixa única da Morais Navarro será prioritária para os transportes coletivos, orientados a seguir pela esquerda em sistema meio exclusivo. Já os caminhões serão proibidos de transitar na área. Para aviso, serão dispostos cones, fitas, placas de sinalização e cerca de 45 agentes de mobilidade que já atuam na área, localizados nos cruzamentos com as avenidas Prudente de Moares, Romualdo Galvão e Salgado Filho, regulando o fluxo de quase 100 mil carros nessa região ao entorno da Arena das Dunas, vão orientar motoristas.

A parada de ônibus hoje próxima a passarela da av. Salgado Filho deverá ser deslocada para a calçada em frente ao prédio do Departamento de Estradas de Rodagem, uma diferença média de 50 metros de distância.

Vale ressaltar que o bloqueio de uma das faixas da BR-101, num trecho com cerca de 100 metros, continuará até o final das obras, previsto para o final de maio. Atualmente, o consórcio Queiroz Galvão-Ferreira, responsável pelo serviço, atua na demolição do canteiro centrar da via federal a fim de abrir uma faixa a mais para trânsito. Quando pronta, essa faixa será liberada e as outras duas da direita serão bloqueadas para a construção de um dos viadutos da obra.
 Nova interdição no entorno da Arena dará mais lentidão ao fluxoNova interdição no entorno da Arena dará mais lentidão ao fluxo

Na data de início deste serviço,  no dia 24 de fevereiro, a cidade enfrentou um congestionamento de mais de 50 km. Uma demonstração de fragilidade da fluidez fluxo de carros diante da intervenções sem planejamento prévio. Segundo Walter Pedro, secretario da Semob, o acontecimento foi causado por uma falha de comunicação. A empresa responsável pela obra comunicou a data de intervenção apenas à Polícia Rodoviária Federal e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), impossibilitando o aviso prévio à população.

Para evitar novas surpresas, ficou acertado uma reunião semanal entre os três órgãos – PRF, Dnit e Semob - para comunicação das intervenções e necessidade de demais ajustes. Os encontros acontecem todas as quarta-feiras à tarde.

“No futuro, teremos mais fôlego”
“Uma supressão viária, qualquer que seja a cidade, causa congestionamento de trânsito. No entanto, em Natal, especificamente, a característica do afunilamento de acesso viário na entrada da cidade – início da Avenida Senador Salgado Filho,  região que concentra a maior parte das atuais obras de mobilidade – provoca o transtorno no tráfego sem solução viável”. A afirmação de Enilson Medeiros, professor do departamento de engenharia civil da UFRN, esclarece a rotineira dificuldade enfrentada pelos motoristas na capital potiguar.

Outro agravante à situação, ressalta o professor, é a simultaneidade das obras. No caso, o atraso no início das obras impediram um planejamento estratégico de interdição. “Os congestionamentos poderiam ter sido minimizados se as obras estivessem escalonadas. O ideal seria acontecer o serviço em tempos diferentes. Não há solução de desvio que reintegre a fluidez no tráfego”, explica. “Vamos ter que suportar um pouco mais disso. No futuro teremos mais fôlego com a conclusão das obras”.

Segundo Medeiros, para evitar novas situações como a destes últimos tempo, somente uma modificação na malha viária da cidade. Ele explica que atualmente as avenidas e ruas se configuram como um funil, onde se direcionam à um ponto para depois se distribuírem na cidade. “O ideal é ter a configuração de uma peneira”, relata, citando como solução a criação de avenidas transversais por dentro da cidade que dessem acesso aos bairros.



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Uma semana após o ápice caótico na avenida Senador Salgado Filho, por ocasião da supressão de faixa na BR-101 no trecho sob o arco do  complexo viário Quarto Centenário, mais um afunilamento na área acontecerá nestes próximos dias. A rua Morais Navarro, que serve para desvio da demanda de trânsito da Av. Lima e Silva, terá duas das três faixas suprimidas, a partir da terça-feira, 11.
 
 Nos últimos meses, a avenida Morais Navarro tem sido a via de escape para quem precisa ter acesso à Prudente e RomualdoNos últimos meses, a avenida Morais Navarro tem sido a via de escape para quem precisa ter acesso à Prudente e Romualdo

Segundo Walter Pedro, secretário de trânsito Municipal de Mobilidade (Semob), o trecho com cerca de 200 metros será utilizado para construção de uma das passarelas que atenderão ao complexo de mobilidade urbana, obras de reestruturação que fazem parte do Complexo Viário de Natal. O equipamento fará ligação, para os pedestres, da Av. Lima e Silva à marginal da BR-101, em direção  ao estádio. O serviço será executado por 60 dias.

Será bloqueada as duas faixas na altura da Av. Lima e Silva até a rua Padre João Damasceno. A rua Morais Navarro, segundo estima o secretário, recebe cerca de 20 mil carros e 1000 viagens de ônibus, diariamente. Apesar da notória quantidade de caminhões percorrendo a via, não há contabilização do quantitativo.

O estreitamento na via, que deixará livre apenas uma faixa, demandou uma alternativa de desvio com mudanças drásticas. Será bloqueado o acesso à av. Lima e Silva no sentido do bairro de Nova Descoberta à Lagoa Nova.

A marginal que interligava a av. Salgado Filho à av. Lima e Silva terá o sentido invertido. O motorista vindo do viaduto poderá seguir em contra-fluxo na av. Salgado Filho, até a rua Padre João Damasceno onde retorna à Morais Navarro. A rua João Damasceno se encontra em calçamento e não há previsão de asfalto para ela.

A faixa única da Morais Navarro será prioritária para os transportes coletivos, orientados a seguir pela esquerda em sistema meio exclusivo. Já os caminhões serão proibidos de transitar na área. Para aviso, serão dispostos cones, fitas, placas de sinalização e cerca de 45 agentes de mobilidade que já atuam na área, localizados nos cruzamentos com as avenidas Prudente de Moares, Romualdo Galvão e Salgado Filho, regulando o fluxo de quase 100 mil carros nessa região ao entorno da Arena das Dunas, vão orientar motoristas.

A parada de ônibus hoje próxima a passarela da av. Salgado Filho deverá ser deslocada para a calçada em frente ao prédio do Departamento de Estradas de Rodagem, uma diferença média de 50 metros de distância.

Vale ressaltar que o bloqueio de uma das faixas da BR-101, num trecho com cerca de 100 metros, continuará até o final das obras, previsto para o final de maio. Atualmente, o consórcio Queiroz Galvão-Ferreira, responsável pelo serviço, atua na demolição do canteiro centrar da via federal a fim de abrir uma faixa a mais para trânsito. Quando pronta, essa faixa será liberada e as outras duas da direita serão bloqueadas para a construção de um dos viadutos da obra.
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Na data de início deste serviço,  no dia 24 de fevereiro, a cidade enfrentou um congestionamento de mais de 50 km. Uma demonstração de fragilidade da fluidez fluxo de carros diante da intervenções sem planejamento prévio. Segundo Walter Pedro, secretario da Semob, o acontecimento foi causado por uma falha de comunicação. A empresa responsável pela obra comunicou a data de intervenção apenas à Polícia Rodoviária Federal e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), impossibilitando o aviso prévio à população.

Para evitar novas surpresas, ficou acertado uma reunião semanal entre os três órgãos – PRF, Dnit e Semob - para comunicação das intervenções e necessidade de demais ajustes. Os encontros acontecem todas as quarta-feiras à tarde.

“No futuro, teremos mais fôlego”
“Uma supressão viária, qualquer que seja a cidade, causa congestionamento de trânsito. No entanto, em Natal, especificamente, a característica do afunilamento de acesso viário na entrada da cidade – início da Avenida Senador Salgado Filho,  região que concentra a maior parte das atuais obras de mobilidade – provoca o transtorno no tráfego sem solução viável”. A afirmação de Enilson Medeiros, professor do departamento de engenharia civil da UFRN, esclarece a rotineira dificuldade enfrentada pelos motoristas na capital potiguar.

Outro agravante à situação, ressalta o professor, é a simultaneidade das obras. No caso, o atraso no início das obras impediram um planejamento estratégico de interdição. “Os congestionamentos poderiam ter sido minimizados se as obras estivessem escalonadas. O ideal seria acontecer o serviço em tempos diferentes. Não há solução de desvio que reintegre a fluidez no tráfego”, explica. “Vamos ter que suportar um pouco mais disso. No futuro teremos mais fôlego com a conclusão das obras”.

Segundo Medeiros, para evitar novas situações como a destes últimos tempo, somente uma modificação na malha viária da cidade. Ele explica que atualmente as avenidas e ruas se configuram como um funil, onde se direcionam à um ponto para depois se distribuírem na cidade. “O ideal é ter a configuração de uma peneira”, relata, citando como solução a criação de avenidas transversais por dentro da cidade que dessem acesso aos bairros.



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