"Eu sempre te amei, Félix. Você me chamava de meu doce. Como você pode fazer isso comigo, como?!", grita a médica. O ataque de Paloma acontece depois que o vilão, enfim, confessa o crime, no diálogo a seguir:
César - Responde, Félix! Você acha que alguma coisa pode justificar a sua atitude monstruosa?
Félix - Eu pensei que a Paloma tinha morrido! Por isso eu abandonei ela no banheiro do bar. E aquela menina...eu tive raiva dela, ódio, porque ela ia tomar tudo de mim. Toda criança sabe, quando um bebê chega em casa, ninguém mais se importa com ela, só com o bebê que chegou!
Paloma - Mas você não era criança, Félix.
Bruno - Era um homem.
Félix - Minha dor...ainda era...ainda é a dor de um menino abandonado. Eu fiz tudo quase sem pensar, com a raiva de um menino que é rejeitado. Você, Paloma, nunca foi rejeitada como eu fui a vida toda.
Paloma - A minha mãe me rejeitou muitas vezes.
Pilar - Não, nós tivemos nossas diferenças, mas eu não te rejeitei.
Félix - A nossa mãe nunca deixou de te dar amor. Amor. Mas quando eu olhava pro meu pai, via seus olhos duros, secos e sem amor por mim. Eu queria que você tivesse ido embora com o Ninho, por isso eu sempre ajudei vocês. Por isso tirei ele da cadeia da Bolívia, porque eu queria que vocês fossem embora pra longe. Pra bem longe. Eu mandaria dinheiro, sempre, pra você não ficar mais entre mim e o meu pai.
Paloma perde o controle: "Eu te odeio, Félix!" Sem precisar mais mentir, Félix destila todo o seu ódio e sua inveja contra a irmã. "Eu nunca gostei de você, Paloma. Nunca! Desde menino, quando você chegou e me disseram, 'Felix, você tem uma irmãzinha', eu te considerei uma intrusa. O meu pai nem olhava mais pra mim desde que você chegou, Paloma. Você me roubou o amor do meu pai", diz ele.
César e Bruno levam Márcia (Elizabeth Savala) e Efigênio (Gláucio Gomes) para confrontarem Félix. O pastor conta que viu o vilão no bar onde Paloma teve Paulinha. "Eu não minto. Eu descobri a Palavra de Deus, aceitei Cristo no meu coração. Sou evangélico. Não minto. Eu tenho memória fotográfica, não esqueço um rosto. E o seu especialmente eu nunca esqueci, porque pensei nele muitos anos. Me atormentei, pensando: eu devia ter falado desse homem pra policia? Devia? Era você, sim, no meu bar".
Já Márcia mente e diz que não foi Félix quem ela viu. "Não...não foi ele. Era um homem baixinho e de meia idade. Eu tive um lampejo de consciência. Eu garanto que era um homem baixinho...". Mas o depoimento de Márcia pouco importa porque César mostra a echarpe que Paloma usava com as digitais de Félix. "As suas digitais estão na echarpe, Felix, porque você entrou naquele bar, pegou a Paulinha e jogou numa caçamba. Esta é a prova final, a prova que você não esperava", diz o médico.
Paloma se irrita e diz que vai entregá-lo à polícia. "Eu nunca mais quero que você se aproxime de mim ou da minha filha. Você me tirou os primeiros anos da minha filha. Você tirou um pedaço da minha vida, Félix, e isso eu não posso perdoar. Nunca! Você fala de amor, mas você fede, Félix. Cheira mal", grita Paloma.
Quando todos vão embora, Félix busca um diálogo com Pilar (Susana Vieira), mas não tem apoio. Ela não consegue olhar na cara do filho. "Estou horrorizada comigo por ter te criado", diz ela, que tira o filho do hospital e o expulsa de casa. "Saia! Você é um monstro", diz.
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