Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o acidente que deixou dois mortos no Itaquerão, nesta quarta-feira (27), depois que uma peça da cobertura desabou, aumentou para quatro o número de mortes em obras em estádios que serão utilizados na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
O primeiro caso, de acordo com a nota, aconteceu em junho do ano passado, quando um operário de 21 anos morreu ao cair de uma altura de 30 m enquanto trabalhava nas obras do Estádio Nacional, palco da Copa em Brasília.
Em março deste ano, um acidente na Arena da Amazônia, em Manaus, causou a morte de um outro operário. Raimundo Nonato Lima Costa caiu de uma altura de 5 m e sofreu traumatismo craniano, segundo o Instituto Médico Legal (IML). Costa tentava passar de uma coluna para o andaime, mas acabou se desequilibrando.
Outros acidentes aconteceram em arenas que passam por obras. Em agosto de 2012, um andaime caiu e deixou cinco operários feridos no Estádio Nacional.
Em maio deste ano, depois de forte chuva que atingiu Salvador, uma parte da cobertura da Fonte Nova não resistiu e acabou rasgando devido ao acúmulo de água. O problema ocorreu no setor leste do estádio, em um dos 36 painéis da membrana de cobertura do estádio, que se rompeu.
A Arena Pantanal, que abrigará jogos da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT), registrou um incêndio, em outubro, mas ninguém ficou ferido.
Outros acidentes em estádios que estão fora da Copa
A queda de parte da arquibancada na obra da Arena Palestra, o novo estádio do Palmeiras, na zona oeste de São Paulo, matou um operário e deixou outro ferido. O acidente aconteceu em abril deste ano. Segundo a polícia, Carlos de Jesus, 34, morreu ao cair com uma laje após quatro vigas cederem em área na qual estavam sendo construídos camarotes da arena.
Inaugurado em 2007, o Engenhão, que ficará fechado até o fim de 2014, teve problemas estruturais detectados em vistoria da prefeitura. A cobertura será submetida a obras de reforço.
O acidente no estádio, que custou R$380 milhões, ocorreu por uma falha de projeto, segundo análise do município. O laudo apresenta fotos com parte da estrutura de sustentação torta e danificada.